Uma das características centrais do TDAH é o prejuízo no controle inibitório. Isso significa que a pessoa com TDAH tem dificuldade de inibir comportamentos, internos ou externos, que sejam indesejados, inadequados ou irrelevantes. A pessoa com TDAH apresenta um excesso de respostas à estímulos externos ou internos.
Esse déficit de inibição se traduz em um indivíduo que fala ou age muito (hiperativo) e que pensa muito, se perdendo nos seus próprios pensamentos (desatento). Esse déficit inibitório também aparece no controle emocional, fazendo com que o indivíduo sinta emoções de forma muito mais intensa e por mais tempo, chamamos isso de desregulação emocional.
Nós costumamos dizer que as emoções vem como ondas, sentimos ela chegando, ela tem um pico e depois se dissipa. Para pessoas com TDAH, essa onda pode parecer, muitas vezes, um tsunami. A emoção já começa intensa, o pico dela é muito mais alto e demora mais tempo para se dissipar.
Isso acontece tanto para as emoções agradáveis quanto com as emoções desagradáveis, mas, no geral, os prejuízos aparecem pela dificuldade em regular emoções como a raiva, frustração e tristeza. Essa dificuldade em regular as próprias emoções pode fazer com que a vida tenha um custo emocional muito alto.
Por conta disso, pessoas com TDAH podem se sentir:
Sufocadas com sentimentos de frustração, tristeza e raiva.
Desistir rápido.
Evitar se relacionar e interagir com outras pessoas.
Frustradas com muita facilidade.
Culpadas pelas suas ações.
Dificuldade em se acalmar, mesmo quando querem muito.
Extremamente magoadas com rejeição e criticismo (hipersensibilidade à rejeição)
Impelidas a fazer coisas que tragam prazer imediato.
Pessoas com TDAH tendem a controlar melhor as suas emoções com o tempo, tanto por uma questão de maturidade neurológica, quanto por uma questão de aprendizagem. Entretanto, 80% das pessoas com TDAH apresentam desregulação emocional como sintoma na vida adulta.
Isso pode trazer consequências desfavoráveis, como: fracasso escolar, desemprego, conflitos familiares, divórcio, comportamentos de risco, depressão, ansiedade, problemas cardiovasculares, autoimunes, etc...
Se você tem sofrido com isso, eu quero que você saiba que você não é dramática, mimada, fraca, agressiva ou sem limites. O que você tem é um sistema nervoso mais sensível, que reage de forma mais intensa à vários tipos de estímulos, que te permite perceber o mundo de uma forma única, intensa e viceral. Eu quero que você saiba que isso te permite amar mais intensamente, sentir compaixão, alegria e gratidão como poucas pessoas podem. Isso te permite ver e sentir a beleza do mundo de um jeito único. E que você merece continuar sentindo tudo isso sem ser atropelada pelas suas emoções difíceis. Eu quero que você saiba que você não precisa ser escrava da sua frustração, tristeza ou raiva.
Se você quer aprender a lidar melhor com as suas emoções, é possível aprender ferramentas e habilidades para te ajudar na regulação emocional. A Terapia Cognitivo Comportamental tem excelentes resultados, assim como técnicas de mindfulness.
Eu posso te guiar nesse processo. Vamos juntas?
Para agendar a sua primeira sessão, é só clicar aqui.
Comments