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Ansiedade: Um Guia Básico

Atualizado: 20 de set. de 2022


Será que eu tenho ansiedade?


Se você já se fez essa pergunta, você não está sozinho. A ansiedade é o transtorno mental mais comum, afetando até 30% da população adulta em algum momento da vida, mas ainda é pouco compreendida. Vamos falar mais sobre isso?


O que é ansiedade?


Ansiedade é uma reação emocional e fisiológica a possíveis ameaças, que em pequenas doses, nos ajuda a focar nos problemas, a enfrentar desafios e nos protege de situações perigosas.


Mas às vezes essa ansiedade pode ser muito frequente e/ou intensa e ao invés de cumprir a sua função que é nos preparar para enfrentar problemas e desafios, ela pode se tornar o grande problema e desafio.


Enquanto níveis saudáveis de ansiedade podem garantir que você se prepare bem para uma entrevista de emprego e esteja atenta e alerta durante a mesma, a ansiedade excessiva pode fazer que você procrastine ou se prepare de forma exagerada, causando insônia, alterações de apetite, e prejudicando fortemente o seu desempenho na entrevista, te dando “branco” na hora ou até mesmo te impedindo de ir.


Quando a ansiedade se apresenta de forma crônica e/ou aguda e passa a gerar prejuízos e sofrimento, ela vira uma patologia, então chamamos de transtorno de ansiedade.



Quais são os sintomas mais comuns?


Existem sintomas físicos e psicológicos para os transtornos da ansiedade e é importante que você os conheça. O objetivo aqui é compartilhar informações que te ajudem a cuidar melhor da sua saúde, mas qualquer diagnóstico precisa ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. A seguir, conheça melhor as características de alguns transtornos de ansiedade.



Quais são os transtornos ansiosos?


Os transtornos ansiosos mais comuns são:

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Ansiedade Generalizada: ansiedade e preocupação excessiva que afeta diversas áreas da vida. Desde uma grande apresentação de trabalho, até uma simples atividade doméstica pode ser um fator desencadeador de ansiedade. Possíveis sintomas:

  • Preocupação excessiva

  • Inquietação, agitação ou se sentir em estado de alerta.

  • Cansaço

  • Irritabilidade

  • Alteração no sono (dificuldade para dormir, excesso de despertares ou baixa qualidade do sono)

  • Alteração no apetite

  • Taquicardia

  • Procrastinação

  • Tensão muscular

  • Problemas gastrointestinais


Transtorno do Pânico

Fobia Específica

Agorafobia

Transtorno de Ansiedade Social

Ansiedade de Separação



Possíveis Causas


Como a grande maioria dos transtornos mentais, os transtornos de ansiedade não tem uma causa única, ou seja, a ocorrência é sempre por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, psicológicos e do desenvolvimento.


Os principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento de transtornos de ansiedade são genéticos e estressores ambientais. Isso significa que para que alguém desenvolva um transtorno de ansiedade ela precisa ter uma predisposição genética e estar exposta à situações estressoras agudas ou crônicas.


Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico é clínico e pode ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. Não existem testes ou exames para detectar a ansiedade, alguns exames podem ser feitos para descartar outras causas para os sintomas e testes psicológicos podem ser feitos para descartar outros transtornos ou auxiliar no diagnóstico.


A função do diagnóstico é possibilitar um tratamento adequado e eficiente para que o paciente recupere a sua saúde e qualidade de vida.


Os tratamentos para ansiedade com base em evidências científicas são altamente eficientes, infelizmente muitas pessoas não são diagnosticas ou não tem acesso a tratamentos adequados. Apesar de cada transtorno de ansiedade ser único, os casos mais leves costumam responder bem à psicoterapia e os que têm um comprometimento maior costumam precisar de uma combinação de medicação e psicoterapia.


A medicação não cura os transtornos de ansiedade, mas age na redução dos sintomas, o que nos casos mais graves, pode ser essencial para que o paciente consiga, inclusive, se engajar na terapia. Os medicamentos mais comuns são os ansiolíticos (prescritos, normalmente, por um período curto de tempo) e os antidepressivos. Beta-bloqueadores podem ser prescritos em alguns casos para redução dos sintomas físicos. A prescrição desses medicamentos deve ser feita exclusivamente por psiquiatras.


A psicoterapia vai atuar no desenvolvimento de habilidades para que a pessoa consiga lidar com a ansiedade de forma saudável, aprendendo a questionar seus pensamentos ansiosos e a não ser dominada por eles usando estratégias mentais e comportamentais eficientes.


Além disso pode te ajudar a desenvolver habilidades para entender e lidar melhor com as suas emoções, desenvolver o seu autoconhecimento, perceber a realidade de forma mais clara, construir uma relação mais saudável com você mesmo e com as outras pessoas ao seu redor, perceber padrões de comportamentos indesejados e criar estratégias para mudar o seu comportamento.


A ansiedade faz parte da vida, mas ela não deve dominá-la.


Quatro dicas para diminuir a ansiedade.


1. Respire - Pode parecer bobo, eu sei, mas o que talvez você não saiba é que essa é uma forma de intervenção química no seu cérebro. Quando respiramos fundo, aumentamos a quantidade de oxigênio no nosso cérebro e inibimos a ação do cortisol. Uma técnica muito simples que é muito útil é a 4-7-8: inale por 4 segundos, segure o ar por 7 segundos e exale por 8 segundos.


2. Seja gentil com você mesma - A forma como você fala com você mesma tem a capacidade de liberar hormônios de estresse, piorando o quadro de ansiedade, ou hormônios do bem estar, que te ajudam a se sentir melhor e aumentam a sua capacidade de resolver problemas. Fale com você mesma como você falaria com uma pessoa que você ama.


3. Use a técnica essa técnica nos momentos de crise:


Como pode ser difícil de lembrar, você pode salvar essa imagem com fundo de tela do seu celular.



4. Procure ajuda - Quando temos uma dor no dente, procuramos um dentista, quando as nossas emoções estão causando sofrimento e trazendo prejuízos para a nossa vida, precisamos procurar um psicólogo ou psiquiatra para que nos ajude a recuperar a qualidade de vida.


Se você sente que se beneficiaria de ajuda profissional para lidar com esse processo, clique aqui e agende a sua primeira sessão.





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