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Afinal, pra quê serve a tristeza?

Atualizado: 20 de set. de 2022

Ninguém gosta de se sentir triste e é natural que a gente queira evitar emoções desagradáveis, mas a verdade é que além de fazer parte da experiência humana, a tristeza tem funções extremamente importantes na nossas vidas. A tristeza te ajuda a se reorganizar após uma grande perda, como a morte de alguém ou uma perda significativa. A tristeza faz com que você se retraia, que se interesse menos pelas atividades e prazeres da vida. Uma tristeza profunda pode reduzir a velocidade metabólica do corpo. Esse processo te permite encarar a perda, entender as suas consequencias e planejar um recomeço para quando a energia voltar.


Tem um documentário da Netflix chamado Dr. polvo, é sobre um documentarista que acompanha uma polvo fêmea todos os dias por um ano. Em um determinado momento, a polvo fêmea é atacada por um tubarão e perde um tentáculo, ela consegue escapar, se retrai na sua toca e fica lá por dias, sem cor, sem sair, sem se movimentar.


Nesse período o seu organismo está se readaptando, entendendo a perda física e mobilizando energia para lidar com essa perda. Ele acha que ela vai morrer, mas ela sobrevive e depois de um tempo, ela cresce um novo tentáculo.


E depois de um tempo, ela é atacada novamente por tubarões e consegue se defender de inúmeras formas, se esconde entre as algas, faz um escudo de conchas, chega a sair da água e por último ela gruda nas costas do tubarão e consegue sair ilesa.


Eu estou contando essa história, porque a tristeza tem exatamente essa função de nos fazer retrair para que a gente para, avalie, se recupere e aprenda.


Se a polvo fêmea tivesse simplesmente continuado nadando, como se nada tivesse acontecido, em um momento de uma perda tão significativa, ela provavelmente teria sido morta por predadores, por outro lado se ela tivesse passado semanas ao invés de dias em sua toca, teria morrido de fome.


Eu sei que não parece, mas a função da tristeza é nos proteger, e para que isso aconteça é preciso saber ouvir e entender o que ela tem para nos dizer, sem nos entregar completamente à ela. É preciso aceitar, ouvir as nossas emoções e saber deixá-las ir.


Se você sente que se beneficiaria de ajuda profissional para lidar com esse processo, clique aqui e agende a sua primeira sessão.



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